terça-feira, 15 de maio de 2012

Teoria Comportamental





A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração trouxe uma nova direção e um enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento (behavioral sciences approach), o abandono das posições normativas e prescritas das teorias anteriores (Teoria Clássica, Teoria das Relações Humanas e Teoria Burocrática) e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo.
Essa teoria é muito bem aplicada nas grandes empresas, onde se tem uma política de RH bem definida, porém as micro e pequenas empresas, que fazem parte da base da economia, perdem qualidade por não conseguirem sequer contrattarem profissionais adequados as funções, então as pessoas acabam acumulando uma carga de trabalho muito grande, e dificulta seriamente não só o relacionamento interno, como também externo.
Precisamos repensar urgentemente a maneira pela qual as Organizações de Classes podem contribuir para melhorarem esses pontos. Precisamos inclusive melhorar o comportamento dos líderes dessas Organizações.


Principais conceitos e princípios:

Maslow, um dos maiores especialistas em MOTIVAÇÃO HUMANA
desenvolveu uma teoria disposta em uma hierarquia de necessidades:



•          Necessidades fisiológicas: Constituem-se em necessidades básicas como alimentação, sono, descanso, comida e até mesmo sexo.Uma vez satisfeitas estas necessidades básicas nós abandonamos estas preocupações e passamos a nos preocupar com outras coisas.
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Necessidades de segurança: É do instinto do ser humano a busca pela segurança, por procurar abrigo, correr do perigo, querer estabilidade. Até mesmo a busca pelo sentido espiritual, como a procura por uma religião se enquadra nesta hierarquia de necessidades.
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Necessidades sociais: É a necessidade de boas relações, ter amizade, afeto, amor e se sentir aceito no grupo.
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Necessidades de estima: São necessidades na qual é a maneira como o indivíduo se vê e como se sente perante as pessoas, é uma maneira de se auto-avaliar de forma que é preciso conquistar a auto confiança, respeito, ter aprovação social, status e prestígio.
         
Necessidades de auto-realização: São necessidades que precisam ser satisfeitas de acordo com seu potencial, essa tendência se expressa através do impulso da pessoa tornar-se melhor, tornar-se o melhor que pode ser ou fazer bem feito o que gosta para se sentir realizado.


A satisfação de um nível inferior de necessidades é essencial para a revelação de um nível superior no comportamento;
O topo da pirâmide das necessidades não está ao alcance de todos;
A prioridade em satisfazer as necessidades de níveis mais baixos (monopolização do indivíduo);
Cada indivíduo possui uma multiplicidade de motivações / necessidades, interligadas entre si (efeito global e conjunto no organismo);


Estilos de Administração – McGregor

TEORIA X
•          É o estilo baseado na concepção tradicional, mecanicista e pragmática. Este perfil se reflete numa administração rígida e autocrática, onde as pessoas devem trabalhar dentro dos padrões e normas da empresa. Voltados exclusivamente para os objetivos econômicos.
•          A administração intervém ativamente sobre as pessoas a partir de recompensas, punição, coação e controle visando a padronização das atividades e o alcance dos objetivos da organização. A Teoria X representa a alienação do indivíduo, não estimula a criatividade.
•          Quando um administrador impõe arbitrariamente de cima para baixo um esquema de trabalho e passa a controlar o comportamento dos subordinados ele estará desenvolvendo a Teoria X.
                
TEORIA Y
•          É a moderna concepção de administração de acordo com a Teoria Comportamental.  É um estilo de administração aberto, dinâmico e democrático, por meio do qual administrar torna-se um processo de criar oportunidades, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objetivos.
•          É responsabilidade do administrador desenvolver nas pessoas, por si mesmas,  condições de crescimento através da motivação, do potencial de desenvolvimento, direcionando o comportamento para os objetivos da empresa.
•          A Teoria Y propõe um estilo de administração participativo e baseado nos valores humanos e sociais.



 Vantagens e Desvantagens:


Vantagens:
Redefinição total dos conceitos administativos;
Crítica às Teorias Clássica e das Relações Humanas              
 Amplia o seu conteúdo e diversifica a sua natureza;
Crítica severa à Teoria Burocrática;
Teoria da motivação humana encontra meio para alcançar uma melhor qualidade de vida dentro das organizações.


Desvantagens :
A difícil articulação operacional para o gerenciamento das necessidades básicas. 
A impossibilidade da padronização do comportamento humano.
 

Críticas:

O Behaviorismo, embora ainda muito influente, não é o único modelo na Psicologia[6]. Seus críticos apontam inúmeras prováveis razões para tal fato.


Decorrências para administração atual:


Como a maioria das teorias administrativas, a Teoria comportamental  colaborou com parte dos princípios que são tomados como base e utilizados atualmente nas empresas, sendo de importância fundamental para a construção dos alicerces de atenção especial aos colaboradores, que certamente são a parcela de maior importância dentro de uma organização, já que são eles quem a dirigem, a fim de conduzi-la a seus objetivos.

Teoria Clássica

A revolução industrial conduziu as grandes transformações a vários níveis. A transformação mais visível foi a substituição das oficinas artesanais pelas fábricas, ou seja, a agricultura que antes era o centro dos negócios passa a ser substituída pela indústria.
A Teoria Clássica (1911), foi fundada por Henry Fayol e tinha como ênfase a estrutura das organizações.
Henry Fayol defendia que o importante era intervir na organização e não nos trabalhadores, ou seja, deveria haver uma singularidade na organização, estando esta sempre ligada a uma forte cadeia hierárquica que se governava por cinco passos, sendo eles: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Segundo Fayol, a administração devia reger-se por 14 princípios.
A Teoria Clássica começou a ser criticada com o surgir de outras teorias. E começou a ser considerada demasiado mecanicista, rígida (obsessão pelo comando) e não incluía trabalhos experimentais.
Com os avanços da ciência e os progressivos câmbios na orientação das instituições sanitárias a quantidade de trabalho deixou de ser prioridade, sendo cada vez mais valorizado a qualidade dos cuidados, com vista a uma maior satisfação do cliente.

Vamos agora conhecer um pouco mais da biografia de Fayol,os principais conceitos de suas teorias,as críticas e a aplicação nos dias de hoje.


Principais expoentes


Origem: Constantinopla (Turquia) – Família Burguesa,educado na França
Formação: Engenheiro de Minas,formado aos 9 anos
Carreira: Sempre na mesma empresa – Segmento metalúrgico e carbonífero
Destaque: Considerado o pai da administração moderna e fundador da teoria clássica

Principais conceitos e princípios


Funções Administrativas:


Prever: visualizar o futuro e traçar um plano de ação
Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa
Comandar: dirigir e orientar as pessoas
Coordenar: ligar e harmonizar todos os atos e esforços coletivos
Controlar: verificar se tudo está dando certo
Funções não administrativas




Funções Técnicas
Funções básicas da empresa:
Funções técnicas: produção,manufatura
Funções comerciais: compra,venda e troca
Funções financeiras: procura e utilização de capital
Funções de segurança: proteção da propriedade e das pessoas
Funções contábeis: registros de estoques,balanços,custos,estatísticas



Princípios gerais da Teoria Clássica

São princípios fundamentais de Fayol: 

•Divisão do trabalho: especialização das tarefas
•Autoridade e responsabilidade: direito de dar ordens e esperar a obediência; conseqüência natural da autoridade, ou seja, dever de prestar contas
•Disciplina
•Unidade de comando: receber ordens de apenas um superior
•Unidade de direção : um único plano para o conjunto de atividades com o mesmo objetivo
•Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses gerais é que devem se sobrepor aos individuais
•Remuneração do pessoal: justa
•Centralização: concentração de autoridade no topo da hierarquia
•Cadeia escolar: linha de autoridade do topo à base
•Ordem : um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar
•Eqüidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade pessoal
•Estabilidade do pessoal : não deve haver rotatividade de pessoal
•Iniciativa : capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso
•Espírito de equipe:  harmonia e união entre as pessoas são grande forças para a organização



Vantagens e Desvantagens


Vantagens:
Os trabalhadores da organização recebem apenas ordens de um único superior, evitando-se deste modo dualidades de comando e contribuindo desta forma para o aumento da produtividade.


Desvantagens


Modelo mecanicista da organização;
        Incapacidade da organização em se adaptar a mudanças no seu meio;
      Manipulação dos trabalhadores
        Falta de comprovação científica;
        Abordagem incompleta da organização;
       Abordagem simplificada da organização formal;
       Abordagem de sistema fechado.
       Obsessão pelo comando

Críticas

A maior crítica relativa à influência negativa que os conceitos Taylor e Fayol tiveram na gestão de empresas - mais especificamente nas indústrias – pode ser claramente observado no filme de Carlitos: "Tempo Modernos".

criticadas as:
  Obsessão pelo comando 
  A empresa como sistema fechado 
  Manipulação dos trabalhadores 
  A inexistência de fundamentação científica das concepções




Decorrências para administração atual


   A Teoria Clássica da Administração representa, hoje, a conquista de uma longa história, no campo do conhecimento humano que despontou no início do século XX, no quadro da 2ª Revolução Industrial.

Com a 2ª Revolução Industrial, principalmente com o surgimento da energia elétrica e o uso dos combustíveis de petróleo, há um novo surto de progresso, acompanhado da expansão do capitalismo financeiro, que viria permitir a criação e o funcionamento de grandes organizações empresariais.