quarta-feira, 23 de maio de 2012

Benchmarking

Benchmarking




Os Japoneses têm uma palavra chamada “dantotsu” que significa lutar para tornar-se o “melhor do melhor”, com base num processo de alto aprimoramento que consiste em procurar, encontrar e superar os pontos fortes dos concorrentes.

Esse conceito enraizou-se numa nova abordagem de planejamento estratégico. Durante a última década, ele tem produzido resultados impressionantes em companhias como a Xerox, a Ford e a IBM e é conhecido como Benchmarking.



Benchmarking é um processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas empresarias entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes. É um processo de pesquisa que permite realizar comparações de processos e práticas “companhia-a-companhia” para identificar o melhor do melhor e alcançar um nível de superioridade ou vantagem competitiva.



Benchmarking é… Benchmarking não é…
um processo contínuo um evento isolado
uma investigação que fornece informações valiosas uma investigação que fornece respostas simples e “receitas”
um processo de aprendizado com outros cópia, imitação
um trabalho intensivo, consumidor de tempo, que requer disciplina rápido e fácil
uma ferramenta viável a qualquer organização e aplicável a qualquer processo mais um modismo da administração
Benchmarking surgiu como uma necessidade de informações e desejo de aprender depressa, como corrigir um problema empresarial.

A competitividade mundial aumentou, acentuadamente nas últimas décadas, obrigando as empresas à um contínuo aprimoramento de seus processos, produtos e serviços, visando oferecer alta qualidade com baixo custo e assumir uma posição de liderança no mercado onde atua. Na maioria das vezes o aprimoramento exigido, sobretudo pelos clientes dos processos, produtos e serviços, ultrapassa a capacidade das pessoas envolvidas, por estarem elas presas aos seus próprios paradigmas.

Na aplicação do Benchmarking, como todo o processo, é preciso respeitar e seguir algumas regras e procedimentos para que os objetivos sejam alcançados e exista uma constante melhoria do mesmo. Neste processo existe um controle constante desde sua implantação (plano do processo) até a sua implementação (ação do processo).



A empresa interessada em implantar benchmarking deve analisar os seguintes fatores: ramo, objetivo, amplitude, diferenças organizacionais e custos, antes da definição ou aplicação do melhor método, pois cada empresa individualmente tem as suas necessidades que devem ser avaliadas antecipadamente à aplicação do processo.



Outra vantagem do benchmarking é a mudança da maneira de uma organização pensar sobre a necessidade para melhoria. Benchmarking fornece um senso de urgência para melhoria, indicando níveis de desempenho atingidos previamente num processo de parceiro do estudo. Um senso de competitividade surge à medida que, uma equipe, reconhece oportunidades de melhorias além de suas observações diretas, e os membros da equipe tornam-se motivados a se empenhar por excelência, inovação e aplicação de pensamento inovador a fim de conseguir sua própria melhoria de processo.



Mais do que uma palavra mágica, o benchmarking é um conceito que está alterando consideravelmente o enfoque da administração, onde o mesmo é composto de atributos que determinarão o sucesso ou ainda a sobrevivência das empresas.



Imagens da Organização




Gareth Morgan apresenta uma abordagem sobre as organizações a partir de metáforas que permitem vê-las como máquinas, organismos, cérebros, culturas, sistemas políticos, prisões psíquicas, fluxos de transformação e instrumentos de dominação. A intensão parece ser a de demonstrar o quanto o universo das organizações vem se tornando cada vez mais complexo e repleto de ambigüidades enquanto nossa habilidade de interpretá-lo não está seguindo o mesmo rumo.

Segundo Morgan, não há mais espaço para uma visão simplista das organizações, administradas como se fossem máquinas desenhadas para atingir objetivos predeterminados, que tendem a limitar, em lugar de ativar, o desenvolvimento das capacidades humanas. Não se pode ignorar as contribuições criativas que o potencial humano é capaz de fornecer, quando lhes são oferecidas as oportunidades apropriadas. As organizações precisam desenvolver uma racionalidade reflexiva e auto organizadora, necessárias ao constante processo de adaptação às situações de mudança que o desenvolvimento tecnológico requer, sem o que estarão condenadas à morte.

É com esta abordagem e por considerar que os seres humanos têm grande influência sobre aquilo que o seu mundo pode ser é que Morgan focaliza a organização sob diversos ângulos, explorando metáforas que, quando analisadas em conjunto, oferecem importantes subsídios para uma melhor interpretação do universo multifacetado da vida organizacional. Utilizando-se da metáfora das máquinas, Morgan demonstra o quanto a busca pela precisão e eficiência subvalorizou os aspectos humanos da organização, subestimando a capacidade dos trabalhadores de resolver problemas complexos e imprevisíveis, revelando grande dificuldade para adaptar-se à mudanças.

A organização mecanicista desencoraja a iniciativa e encoraja a apatia e falta de orgulho pelo trabalho desempenhado, desestimulando desafios. A atualidade já demonstra que necessita de métodos organizacionais que ativem, ao invés de limitar, o desenvolvimento da capacidade intelectual do trabalhador. Enquanto na metáfora da máquina o conceito de organização é o de uma estrutura estática e fechada, na metáfora do organismo o conceito de organização é o de uma entidade viva, em constante mutação, interagindo com seu ambiente na tentativa de satisfazer suas necessidades e adaptar-se a circunstâncias ambientais. Como um organismo vivo, com elementos diferenciados mas integrados, que tendem a se auto-organizarem, numa interação constante com o ambiente, influenciando e sendo influenciado por ele, a organização sai em busca de sua própria sobrevivência.

Sob um outro ângulo a organização, de modo similar ao cérebro, pode ser vista como um sistema de processamento de informações capaz de aprender a aprender, e através da aprendizagem, num processo que estimule flexibilidade e criatividade, recriar-se. Em circunstâncias que mudam é importante que sejam questionados os procedimentos que estão sendo desenvolvidos, para que de forma autoreguladora sejam monitoradas as modificações necessárias à nova situação.

O processo de aprender a aprender depende da habilidade de permanecer aberto às mudanças que estão ocorrendo no ambiente e à habilidade de desafiar hipóteses operacionais com um certo grau de abertura e autocrítica nada familiar aos moldes mecanicistas.Qualquer movimento no sentido da auto-organização deve ser acompanhado por importantes mudanças de atitudes e valores. Com essa abordagem Morgam nos conduz à metáfora da cultura, já que é a cultura que delineia o caráter da organização. Assim, a cultura corporativa pode facilitar ou dificultar a atividade organizacional pois, uma mudança efetiva depende de mudanças nos valores que devem guiar as ações.

As crenças e as idéias que as organizações possuem de si mesmas, bem como daquilo que pensam fazer com respeito a seu ambiente, influenciam sobremaneira na materialização de seus objetivos, encorajando-os também para a formulação de sua estratégia empresarial. A estratégia empresarial, no entanto, é baseada em interesses, muitas vezes divergentes e desagregadores, daí o uso da metáfora dos sistemas políticos em que pessoas interdependentes com interesses divergentes se unem com o propósito de satisfazer as suas necessidades básicas, desenvolver uma carreira profissional ou de perseguir metas fora de seus trabalhos.

Embora as organizações sejam realidades socialmente construídas acabam por desenvolver um poder próprio capaz de exercer controle sobre seus criadores. Assim, utilizando-se da metáfora da prisão psíquica, Morgan tenta demonstrar como as pessoas podem ficar prisioneiras de idéias, pressupostos falsos, crenças preestabelecidas, regras operacionais sem questionamento que combinados formam pontos de vista muito estreitos do mundo, o que acaba por funcionar como uma resistência inconsciente a mudanças na organização, e eliminando a possibilidade de ações associadas a visões alternativas da realidade. Muitos dos problemas que as organizações encontram ao lidarem com seu meio ambiente se acham intimamente ligados com o tipo de identidade que tentam manter, ignorando flutuações consideradas ameaçadoras à sua auto referência.

Entretanto, a organização vista como fluxo de transformação revela que indivíduos e organização têm possibilidade de escolher o tipo de auto imagem que irá guiar suas ações e delinear seu futuro. Nesse sentido, deve-se considerar que as organizações se transformam em conjunto com seu meio ambiente, levando a compreender que o padrão de organização que se vai revelando com o passar do tempo é evolutivo. Utilizando-se da metáfora do instrumento de dominação, Morgan demonstra que até as formas mais racionais e democráticas de organização podem resultar em modelos de dominação. Uma maior rentabilidade pode significar maior esforço dos funcionários, sem que implique em melhoria salarial.

Volkswagen do Brasil


Razão Social

Volkswagen do Brasil LTDA.
CNPJ: 59.104.422/0057-04

Segmento: Automotivo
Porte: Empresa de grande porte: multinacional

Fonte de pesquisa: vw.com.br

Produtos e/ou serviços comercializados

Produtos - automóveis - carros
Serviços - Recall
Serviços e manutenção
Peças e acessórios
Plantão de serviços aos sábados
Garantia de 3 anos
Plano de manutenção
Programa volkswagen Premium
Revisão noturna
Manual instruções 2ª via

Missão / Visão  / Valores

Missão

A Volkswagen do Brasil é uma fabricante de veículos de alto volume orientada para a qualidade, satisfação do cliente, inovação e responsabilidade sociomabiental.
Concentramos nossos esforços em agregar valor aos acionistas, colaboradores, clientes, concessionárias, fornecedoras e à sociedade.

Visão

Ser líder em qualidade, inovação vendas e lucratividade da indústria automobilística na América do Sul, com um time de alta perfomance e focado no desenvolvimento sustentável.


Cultura Organizacional

A partir da implantação do BSC, a Volkswagen do Brasil, colocou a estratégia no centro da gestão, desenhou seu mapa estratégico, definindo métricas, metas e projetos. O engajamento da liderança e a mobilização das equipes alinhadas e orientadas aos resultados ajudaram a empresa a reconquistar a liderança nacional no ranking de vendas de automóveis. Há alguns anos, a Volkswagen iniciou um processo de reestruturação interna que ia além do operacional, englobava uma mudança de cultura, orientada aos resultados, a cultura de alta performance. Essa nova filosofia tinha como fundamentos a preocupação com o desenvolvimento dos colaboradores — de executivos até operários da linha de produção —, a orientação aos resultados, o reconhecimento e o engajamento. Seu objetivo é colocar a estratégia no centro da gestão e acompanhar a execução do que foi planejado, direcionando comportamento e performance de todos aos objetivos e metas definidas. A escolha das métricas dessa organização não se restringirem unicamente no foco econômico-financeiro.  As organizações também se utilizam de métricas focadas em ativos intangíveis como desenvolvimento e engajamento dos colaboradores, melhoria dos processos, inovação e tecnologia.


Bibliografia

http://www.vw.com.br/

http://maisrh.wordpress.com/2009/11/12/volkswagen-do-brasil-conquista-premio-mundial-de-excelencia-em-gestao-da-estrategia/